segunda-feira, 24 de maio de 2010

Não te quero habituar...


Não te quero habituar a nada que não te alimente.
Não te quero levar para lado algum que não te faça crescer.
Não quero criar em ti.
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Viver em consciência da não necessidade. Do mérito pela existência individual. Do amor pleno. Sem medo. Sem passado. Sem futuro. Num presente uno. A cada momento. Simplesmente.
Ouço-te com o coração e desenho-te com as mãos da única alma que tenho. Fujo das guilhotinas de expressão e vou pintando as unhas de encarnado para que os dedos se prolonguem nos rastos de sangue, caso o carrasco não faça justiça. Ficarei sem mãos, sem pulso. Sem cabeça e sem coração. Mas até lá viverei de asas soltas. Beberei a novidade de ser amada. Saborearei a vida do teu corpo no meu. Alimentar-me-ei de nós.
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Não te quero habituar a mim.
Não te quero fazer depender.
Quero apenas que confies que só te quero bem.
Que existe amor pleno.
Sem troca nem devoção dependente.

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