Eu sou feita de Sonhos interrompidos detalhes despercebidos Sou feita de Choros sem ter razão pessoas no coração atos por impulsão Sinto falta de Lugares que não conheci experiências que não vivi momentos que já esqueci Eu sou Amor e carinho constante distraída até o bastante não paro por instante" Martha Medeiros
sexta-feira, 18 de junho de 2010
A LIÇÃO DE UM JARDINEIRO
Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone,
um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim.
Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto
de apenas 15 ou 16 anos de idade.
Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.
Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar
o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.
O garoto ligou para uma mulher e perguntou:
"A senhora está precisando de um jardineiro?"
"Não. Eu já tenho um", foi a resposta.
"Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo."
"Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha.
O meu jardineiro também faz isso."
O garoto insistiu:
"eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço."
"O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora."
"Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível."
"Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente.
Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa."
Numa última tentativa, o menino arriscou:
"o meu preço é um dos melhores."
"Não", disse firme a voz ao telefone.
"Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom."
Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro:
"Meu rapaz, você perdeu um cliente."
"Claro que não", respondeu rápido.
"Eu sou o jardineiro dela.
Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo."
Em se falando do jardim das afeições,
quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro?
E, se fizéssemos, qual seria o resultado?
Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?
Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso,
aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?
Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença
nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?
Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza,
da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências,
com presteza?
E, por fim, qual tem sido o nosso preço?
Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio,
cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer,
sem sufocá-las?
O amor floresce nos pequenos detalhes.
Como gotas de chuva que umedecem o solo ou como o sol abundante
que se faz generoso, distribuindo seu calor.
A gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância
para que a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade.
Autor: Adelmo Carlos Menezes
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