segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Já escutei...


Já escutei e li tantas coisas sobre o que é um amigo...
E hoje parei pra pensar...
Será que sou seu amigo como penso ser?
Às vezes dentro da gente existe a certeza do que a gente seria capaz de fazer por alguém que a gente gosta
Mas será que esse alguém sabe realmente disso?
Será que você sabe até onde pode confiar em mim e o tudo que eu seria capaz de fazer se fosse preciso?
Algumas vezes demora um pouquinho até se descobrir que determinada pessoa é única mas quando se percebe isso...
a gente corre pra junto dela ...
Pra contar alguma coisa muito boa que se viu ou o que a gente ta sentindo...
Para rir junto do que se achou engraçado, e quando se está triste é junto dessa pessoa que se quer ficar apenas por segurança..
Pra se sentir querido...
Pra se ter certeza que alguém gosta mesmo da gente.
E mesmo calado, quietinho.
O coração da gente diz baixinho...
Obrigado por ser meu amigo!

Um comentário:

  1. Num crepúsculo dourado de Outono
    Sou folha seca
    (como qualquer outra)
    Que se desprende do tempo
    Solta-se ao mundo,
    E num cair profundo
    Voa sem rumo, na boleia do vento.
    Plano suavemente…
    (aparentemente)
    Na mente, um abandono.
    Hoje… já nem me recordo da cor do céu!
    Hoje busco um chão com outro alento!
    Reencontro alguém
    Lá bem distante, lá mais além…
    O meu eu!
    Um sol brilha sem força
    (também ele só)
    No silêncio contraído dos pássaros,
    Voa alto o lamento …
    Soa o silêncio sentado em mim
    Num banco de jardim
    Sofrido e sombrio.
    Uma árvore se desnuda muda
    Na ilusão de uma outra estação,
    E adormece…
    Adormece num quadro pintado a pastel
    Seco, agastado…sem brio.
    Sopra uma brisa sem ar em alto mar,
    Mar encrespado em agonia,
    Como noite que espera o dia.
    Hoje sou barragem sedenta de margens!
    Hoje sou um turbilhão há deriva num rio!
    Rio inquieto, que frio corre deserto
    Em busca de novas paragens.
    Mergulho no cinzento-escuro dos dias,
    Uma madrugada se agasalha
    Com o seu manto de pranto e neblina
    Onde um barco ruma parado
    Na saudade das viagens,
    Ancorado á sina de uma chuva repentina.
    Mas a alma se renova ao cair de cada folha!
    Haverá sempre outros sons, outros tons
    Outras chances e nuances
    Neste clima de cores sem flores
    Onde quase tudo seca e cai…
    Como os amores que nos destrói a vida!
    O seco da paisagem,
    Brilhará com uma nova cor…
    Uma folha caída, na sua despedida
    Fortalece as forças
    Para que brote de novo, o amor em flor.
    Hoje…
    Hoje, sou um frio farto,
    Um tempo… uma época sem escolha!
    Hoje… sou um sol pequeno e fraco,
    (e dele se quer tanto!)
    Serei apenas uma qualquer estação,
    Ao qual não mando
    Ao qual não sou senhor nem dono…
    Hoje não serei Inverno nem Verão
    Nem Primavera no seu encanto,
    Hoje serei simplesmente …
    Um dia de Outono!
    BEIJOS Ð

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