sábado, 11 de setembro de 2010

Na vida



Na vida há tanta coisa que nos desilude… Porque idealizamos tanto as pessoas? Porque nos ligamos tanto a elas sem querermos perceber que não se ligam tanto a nós? De que se fazem as amizades? Como se medem? Como se pesam? Como conseguimos concluir se serão ou não para durar? Como decidimos a quem vale a pena dar mais um pouco de nós? Às tantas já não sei…


Os corredores da minha vida mudaram. O elo de ligação que me uniu durante anos às pessoas de sempre não existe mais. A faculdade é agora apenas uma memória ligada a um edifício que já só visito de longe a longe. Mas os amigos nunca julguei perdê-los… Quisera guardar esta imagem onírica de laços que nenhuma distância quebra… seja traduzida em kms ou dias. Mas nada na vida é tão simples, pois não? Há sempre alguém que se perde… alguma mão que se solta pelo caminho e não se consegue agarrar de novo… É triste… Tenho impressas na cabeça imagens de momentos que não se voltarão a repetir… de cheiros, de gargalhadas, de sorrisos… E tenho pena de não ter sabido agarrar com mais força as pessoas com que os partilhei. Talvez tenha forjado algumas amizades demasiado fracas ou talvez me tenham dado menos do que eu precisava para as tornar mais fortes… Mas a vida ensina-nos sempre da pior maneira, não é? Amigos que nos decepcionam deixam sempre uma marca. Porque esperamos por eles e eles nunca vêm até nós… Mas onde uns se perderam outros se forjam… desta vez com mais cautela e através de elos mais fortes…


E depois tenho-te a ti… uma constante na minha vida… e é bom sentir que alguém gosta de nós por nós… que gostou ontem, hoje e que gostará amanhã… Na tua amizade encontrava segurança… Por isso guardo com carinho bem dentro do meu coração, por isso reforço ciosamente os laços que um dia nos uniram. Porque não suportaria perder-te… não a ti… até mesmo dentro do meu coração

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